Inseminação Artificial

Revisão médica: Dr. Geraldo Caldeira    Ginecologista e Obstetra

A inseminação artificial, também conhecida como inseminação intrauterina (IIU), é uma técnica de reprodução assistida que consiste na introdução de espermatozoides diretamente no útero da mulher para facilitar a fecundação. 

Esse método é indicado para casais com dificuldades de concepção, seja por problemas de infertilidade masculina, feminina ou sem causa aparente.

Saiba mais sobre o procedimento, suas etapas e quando ele é indicado no texto completo abaixo.

O que é Inseminação artificial?

A inseminação artificial é um procedimento de reprodução assistida que visa facilitar a concepção, utilizando a técnica da injeção de espermatozoides (previamente preparados em laboratório) no útero da mulher. 

Comparada a outros tratamentos, como a Fertilização In Vitro (FIV), a inseminação artificial é menos invasiva. Enquanto na FIV os óvulos são coletados, fertilizados em laboratório e transferidos para o útero, na inseminação o esperma é introduzido diretamente no útero durante o período fértil, simulando o processo natural.

Essa técnica é uma alternativa mais simples e barata, com taxa de gravidez ao redor de 30%. A escolha do tratamento ideal deve ser feita com avaliação individualizada, considerando a causa da infertilidade e as condições reprodutivas do casal.

Quando a Inseminação Artificial é indicada?

A inseminação artificial é indicada em diversos casos relacionados à infertilidade. Entre as situações mais comuns estão:

  • Alterações seminais leves: Como problemas no volume, concentração e motilidade dos espermatozoides, quando essas condições não são severas, mas ainda assim dificultam a concepção.
  • Endometriose superficial: Pode afetar a função reprodutiva, tornando a gravidez mais difícil.
  • Falha no tratamento com relação sexual programada: Quando o coito programado e estímulo hormonal não resultam em gravidez.
  • Infertilidade sem causa aparente: Quando não é possível identificar um motivo claro para a dificuldade de engravidar.

Como funciona a Inseminação Artificial?

A Inseminação Artificial é realizada em etapas bem definidas para otimizar as chances de sucesso na concepção. O procedimento combina acompanhamento médico detalhado e monitoramento cuidadoso do ciclo reprodutivo, sendo dividido em quatro fases principais:

1 - Estimulação Ovariana

Primeiro, realiza-se a indução medicamentosa da ovulação, utilizando medicamentos hormonais para estimular os ovários a produzirem óvulos. 

Durante esse processo, é feito o acompanhamento ultrassonográfico do crescimento dos folículos ovarianos.

2 - Indução da Ovulação

Quando o folículo atinge o tamanho adequado, a paciente recebe uma medicação para deflagrar a ovulação, ou seja, para que o óvulo seja liberado.

3 - Coleta e preparo do sêmen

O sêmen, após coletado, é cuidadosamente processado e concentrado, selecionando os espermatozoides de melhor qualidade.

4 - Inseminação

Na etapa final, os espermatozoides selecionados são inseridos diretamente na cavidade uterina por meio de um cateter fino e flexível, facilitando o encontro com o óvulo. Esse procedimento é rápido, indolor e realizado no consultório, sem necessidade de anestesia.

Após a inseminação, a fertilização ocorre de forma natural, sem intervenções adicionais. Nos dias seguintes, o casal deve aguardar o período adequado para a realização do teste de gravidez, que confirmará o sucesso do procedimento.

Os benefícios da Inseminação Artificial

  • Procedimento menos invasivo: A inseminação artificial é considerada uma técnica simples e pouco invasiva em comparação a outros métodos, como a fertilização in vitro (FIV), já que consiste na introdução de espermatozoides no útero da mulher, ao contrário da FIV, onde há a coleta dos óvulos e a fertilização é feita em laboratório. 
  • Custos mais acessíveis: Uma vantagem significativa da inseminação artificial é o custo reduzido quando comparada à FIV. Enquanto a fertilização in vitro envolve etapas laboratoriais mais complexas, como a coleta de óvulos e a fertilização externa, a IIU requer menos recursos, tornando-se uma opção financeiramente viável para muitos casais.
  • Taxas de sucesso em diferentes faixas etárias: A inseminação artificial apresenta boas taxas de sucesso (30%), especialmente para mulheres mais jovens e com boa reserva ovariana. Embora as chances variem de acordo com fatores como idade, qualidade do sêmen e saúde reprodutiva da mulher, a IIU é uma alternativa eficaz para muitos casais que buscam realizar o sonho de ter um filho.

Quais são as chances de sucesso?

As taxas de sucesso da inseminação artificial (IA) variam conforme diversos fatores, mas, em média, giram em torno de 20% a 30% por ciclo.  

Para entender as chances de sucesso, é importante considerar os principais fatores que afetam os resultados:

  • Idade da mulher: Mulheres mais jovens, especialmente abaixo dos 35 anos, têm maiores chances de sucesso devido à melhor qualidade e maior reserva dos óvulos.
  • Qualidade do sêmen: A concentração e a motilidade dos espermatozoides são essenciais para o sucesso do procedimento.
  • Saúde reprodutiva da mulher: Condições como endometriose, alterações nas trompas ou desequilíbrios hormonais podem reduzir as chances.

Quais são os riscos?

A inseminação artificial pode apresentar alguns riscos, sendo o principal o de uma gravidez múltipla, pois o uso de medicamentos para estimulação ovariana aumenta a chance de liberar mais de um óvulo, o que pode resultar em gêmeos ou mais bebês.

Além disso, a estimulação ovariana pode gerar outros efeitos colaterais, como náuseas, dores de cabeça e inchaço abdominal. Em casos raros, pode ocorrer a síndrome de hiperestimulação ovariana (SHO), uma condição que causa dor nos ovários e retenção de líquidos.

Perguntas frequentes sobre Inseminação Artificial - FaQ

O Dr. Geraldo Caldeira responde às principais dúvidas das pacientes em relação à Inseminação Artificial, confira: 

A taxa de sucesso da Inseminação Artificial varia conforme a idade da paciente e outros fatores de fertilidade. Em mulheres com menos de 35 anos, as chances de gravidez por ciclo são de 15% a 20%.

Na Inseminação Artificial, o sêmen do doador ou do parceiro é inserido diretamente no útero da mulher durante o período fértil, permitindo que a fecundação ocorra naturalmente. Já na Fertilização In Vitro (FIV), a fecundação acontece em laboratório, e os embriões formados são transferidos para o útero.

Embora não exista uma idade limite fixa, a qualidade dos óvulos diminui com o tempo. A inseminação artificial é mais recomendada para mulheres até os 35 anos, quando as taxas de sucesso são mais altas.

Não, o Conselho Federal de Medicina (CFM)  não permite a seleção de características físicas ou genéticas do bebê. 

No entanto, para casais que utilizam sêmen de doador, é possível escolher algumas informações básicas, como tipo sanguíneo e características compatíveis com os futuros pais.

Conclusão

A Inseminação Artificial é uma opção segura e acessível para casais que desejam engravidar, especialmente quando não há fatores graves de infertilidade. 

Com um processo menos invasivo e um acompanhamento especializado, esse método pode ser uma alternativa viável para quem busca uma gestação de forma natural e assistida.

Na Clínica de Reprodução Humana – IPRH, fundada pelo Dr. Geraldo Caldeira, ginecologista e obstetra com mais de 30 anos de experiência, oferecemos um atendimento personalizado, com tecnologia avançada e um olhar humanizado para garantir um tratamento eficaz e acolhedor.

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REFERÊNCIAS

Dr. Geraldo Caldeira – Ginecologista e Obstetra I Especialista em Reprodução Humana – CRM 46809-SP

Conselho Federal de Medicina – CFM