Dr. Geraldo Caldeira, membro da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO) e da Sociedade Brasileira de Reprodução Humana (SBRH) e médico do Serviço de Reprodução Humana do Hospital e Maternidade Santa Joana (SP) esclarece detalhes importantes sobre a não sedação em gestantes durante a cesárea.
Em entrevista à Crescer, Dr. Geraldo Caldeira informou detalhes que geram dúvidas entre as gestantes no momento da cesárea.
- Nenhuma gestante dorme durante a cesárea, a mãe estará consciente o tempo todo para ver o rostinho do bebê.
- A anestesia que a paciente normalmente recebe na cesárea é a raquidiana, que imobiliza apenas da cintura para baixo, com efeitos que costumam durar cerca de 3 horas, no máximo e não causam sedação ou sono.
- O uso de sonda é feito assim que os efeitos da anestesia começam a agir, é necessário para esvaziar a bexiga, pois a paciente passará um tempo deitada durante e após a cirurgia, e com a morfina par dor, o medicamento pode causar dificuldade para urinar. A sonda é retirada cerca de 6 horas após o parto.
- Próximo passo, é a colocação do acesso intravenoso no braço da gestante, pois é por meio dele que ela irá receber os medicamentos e soro. Como a gestante fica deitada de barriga para cima, é possível que cause enjoos, algum mal-estar ou queda de pressão. Mas em geral, são sintomas que não costumam atrapalhar o parto.
- Como o cérebro decora a última sensação antes da anestesia, a posição do parto pode parecer ficar registrada durante a cirurgia, mas é apenas uma impressão.
- Com a aplicação da anestesia, a gestante não sente dor, mas pode sentir diferentes sensações durante o procedimento.
- Até que a cirurgia seja finalizada, a mamãe fica no bloco cirúrgico com o bebê e o acompanhante. Após o primeiro contato, a mulher é levada para a sala de recuperação pós-anestésica por cerca de duas a três horas, até que seja levada para o quarto. É importante a permanência no local para que enfermeiros e anestesista possam monitorar e acompanhar as pacientes, já que, nesse período, ainda há riscos de hemorragia.
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