Dr. Geraldo Caldeira explica o primeiro caso no Brasil de nascem gêmeos gerados com a genética dos dois pais

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A BabyHome conversou com Dr. Geraldo Caldeira, membro da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO) e da Sociedade Brasileira de Reprodução Humana (SBRH) e médico do Serviço de Reprodução Humana do Hospital e Maternidade Santa Joana (SP) que explicou como é possível a chegada dos primeiros gêmeos brasileiros gerados com a combinação genética dos dois pais.

Segundo o médico, essa possibilidade surgiu por conta da nova resolução do CFM, em maio de 2021. De acordo com o especialista, antes, entre os motivos pelos quais a prática era proibida, estava o receio de que, mais tarde, o doador se arrependesse e viesse a requerer a paternidade ou maternidade da criança na Justiça. “Nos Estados Unidos, já era permitido. Então, os casais que queriam fazer a reprodução desta forma, iam para lá”, conta.

“Só é recomendado evitar a doação com consanguinidade, como, por exemplo, a irmã doar o óvulo e ele ser fertilizado com o sêmen do irmão. Nesse caso, haveria consanguinidade, que traria riscos ao bebê. Então, se a irmã doa o óvulo, ele precisa ser fertilizado com o sêmen do companheiro, em caso de casais homoafetivos, por exemplo”, detalha. 

Fora isso, os riscos são os mesmo de qualquer ovodoação e o processo é parecido. São feitos os mesmos exames e os mesmos procedimentos, com a diferença de que a doadora é conhecida. 

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