Dr. Geraldo Caldeira, membro da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO) e da Sociedade Brasileira de Reprodução Humana (SBRH) e médico do Serviço de Reprodução Humana do Hospital e Maternidade Santa Joana, esclareceu o porquê de a fertilidade masculina estar sob ameaça nos últimos anos.
Constantemente é abordado sobre a quantidade de óvulos que a mulher produz ao longo da vida e como isso afeta as chances de engravidar com o avanço da idade, mas estudos revelam que o homem pode sim sofrer com a quantidade de espermatozoides.
O médico especialista em reprodução humana, avaliou que a razão para a queda dos espermatozoides depende de diversos fatores “Várias hipóteses estão em estudo: uso de hormônios, consumo de agrotóxicos, sedentarismo, obesidade e até mesmo a influência de ondas eletromagnéticas (de computadores, aparelhos eletrônicos e wifi, por exemplo) são algumas possibilidades”.
Além das recomendações necessárias como melhorar o estilo de vida, alimentação, evitar vícios e praticar exercícios regularmente, o ambiente também precisa estar em equilíbrio.
Com as mudanças na sociedade e no clima, a exposição a poluição, substâncias químicas e estresse são fatores externos, que não pode ser controlado nos dias atuais. “Precisamos entender melhor o que está causando essa redução em nível global para buscar as possíveis melhorias e tratamentos” comenta Dr. Geraldo.
A principal indicação é que seja realizado um exame específico para identificar a qualidade dos espermatozoides “Ao analisar um espermograma, observa-se também a motilidade do espermatozoide, que é a capacidade de mobilidade [se ele é rápido ou lento na corrida da concepção]. Além disso, a anatomia precisa ser compatível, com boa parcela apresentando formato oval” esclarece Caldeira.
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