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Fertilização in Vitro (FIV)
Revisão médica: Dr. Geraldo Caldeira Ginecologista e Obstetra
A fertilização in vitro (FIV) é um tratamento de reprodução assistida que permite a fertilização do óvulo pelo espermatozoide em laboratório.
Esse método é indicado para casais que enfrentam dificuldades para engravidar devido a diversas causas, sejam femininas, masculinas ou combinadas, pois possui taxas de sucesso de até 70%.
Saiba mais sobre a fertilização in vitro no artigo completo abaixo.
O que é Fertilização in Vitro (FIV)?
A fertilização in vitro é considerada uma técnica de reprodução assistida de alta complexidade, na qual a fertilização do óvulo pelo espermatozoide e início do desenvolvimento embrionário são feitos em laboratório (in vitro). Após formado, o embrião é transferido para o útero da mulher.
Desde o nascimento do primeiro bebê por FIV, em 1978 pelos doutores Patrick Steptoe e Robert Edwards, a técnica passou por diversos avanços. Recursos como a injeção intracitoplasmática de espermatozoides (ICSI) e o congelamento de óvulos tornaram o procedimento mais eficaz e acessível.
Hoje, a FIV é uma das opções mais seguras e personalizadas para quem deseja realizar o sonho de formar uma família, com altas taxas de sucesso que variam entre 60% a 70%, segundo o Dr. Geraldo Caldeira.
Quando a FIV é indicada?
A Fertilização in Vitro (FIV) é recomendada para casais que enfrentam dificuldades para engravidar e não obtiveram sucesso com outros tratamentos. Essa técnica é extremamente versátil e pode ser aplicada em diversas situações, como no caso de casais homoafetivos femininos e em situações de infertilidade feminina ou masculina, sempre de forma personalizada.
- Infertilidade feminina e masculina: A FIV é indicada em situações como obstrução das trompas de falópio, endometriose, baixa qualidade ou quantidade de óvulos, ou problemas na produção ou motilidade dos espermatozoides.
- Mulheres acima de 35 anos: Com o avanço da idade, a qualidade e quantidade dos óvulos diminui, reduzindo as chances de gravidez natural. A FIV é uma opção segura e eficiente para mulheres acima de 35 anos, permitindo o uso de óvulos próprios ou doados, aumentando significativamente as chances de sucesso.
- Preservação de fertilidade: Para mulheres ou homens que desejam adiar a maternidade ou paternidade por questões pessoais, profissionais ou de saúde, como tratamentos oncológicos, a FIV possibilita o congelamento de óvulos e espermatozoides.
- Infertilidade sem causa aparente (ISCA): Quando nenhuma causa específica é identificada para a dificuldade de engravidar, a FIV é uma opção altamente recomendada. Mesmo em casos de infertilidade sem causa aparente, essa técnica otimiza o processo de fertilização, aumentando significativamente as chances de sucesso.
Como funciona a Fertilização in Vitro?
A FIV é dividida em cinco momentos principais para sua realização. Cada fase é essencial para aumentar as chances de sucesso e garantir que o processo seja seguro e eficiente. Confira:
1 - Estimulação Ovariana Controlada
A primeira fase busca estimular a produção dos folículos, que são as estruturas que abrigam os óvulos, utilizando uma medicação hormonal (gonadotrofinas) injetada subcutaneamente por, em média, 10 dias. O objetivo é obter entre 10 e 12 óvulos para o procedimento.
Durante o processo, ultrassons e exames laboratoriais são realizados para monitorar o crescimento e a maturação dos folículos.
2 - Coleta dos Óvulos
Para a coleta dos óvulos, a paciente é sedada com uma anestesia superficial (igual a de uma endoscopia) e o procedimento é feito via transvaginal. Com duração de aproximadamente 15 a 20 minutos, o procedimento é rápido e não possui cortes ou pontos.
3 - Coleta do Sêmen e Fertilização dos Óvulos
No mesmo dia da coleta dos óvulos, o sêmen é coletado e preparado em laboratório pelo biólogo responsável. O objetivo é selecionar os espermatozoides de melhor qualidade e maior motilidade para a fertilização.
Após a seleção, a fertilização é feita em laboratório (in vitro). Para isso, existem dois métodos principais: a Fertilização Convencional e a ICSI (Injeção Intracitoplasmática de Espermatozoides):
Fertilização Convencional:
Neste método, os espermatozoides são colocados junto aos óvulos em um ambiente controlado, permitindo que a fecundação ocorra de forma natural. Após a fecundação, os embriões resultantes são monitorados e, geralmente, transferidos para o útero após 5 dias.
ICSI (Injeção Intracitoplasmática de Espermatozoides):
Técnica mais utilizada na fertilização in vitro, na ICSI um único espermatozoide é selecionado para ser injetado diretamente no óvulo, com o uso de agulhas específicas. Para isso, ele deve possuir a melhor motilidade e morfologia normal. Depois, os embriões são monitorados e transferidos para o útero da mulher.
Isso garante que haja a fertilização mesmo em casos de baixa quantidade de esperma e confira a taxa de sucesso do procedimento.
4 - Cultivo dos Embriões
Após a fertilização, os embriões são mantidos em condições controladas no laboratório, onde se desenvolvem por 5 dias.
5 - Transferência dos Embriões
A transferência dos embriões é uma das etapas mais importantes da Fertilização in Vitro (FIV) e marca a fase final do tratamento. Ela é denominada transferência a fresco quando o embrião, logo após entrar no seu estágio de blastocisto, é devolvido ao útero.
Já em casos onde é realizado o estudo genético dos embriões (PGTA) , eles são congelados para aguardar o resultado e a transferência ocorre no mês seguinte.
Quanto tempo demora o processo de Fertilização in Vitro?
Se não for realizado o estudo genético dos óvulos (PGTA), o processo de Fertilização in Vitro (FIV) pode ser concluído em aproximadamente 20 dias.
No entanto, para pacientes que optam pelo PGS, o período pode se estender, pois é necessário aguardar o resultado da biópsia embrionária antes de prosseguir com a transferência dos embriões.
Quais são as chances de engravidar com a Fertilização in Vitro?
A taxa de sucesso da Fertilização in Vitro (FIV) está diretamente relacionada à idade da mulher e à qualidade e quantidade dos óvulos. Pacientes mais jovens geralmente apresentam óvulos e embriões de melhor qualidade, alcançando taxas de gravidez de até 70%.
Já para mulheres acima de 40 anos, essa taxa pode variar entre 20% e 30% (devido a chance de obter o embrião euploide, ou seja, geneticamente normal), refletindo as mudanças naturais na fertilidade
ao longo do tempo.
Cada caso, no entanto, é único e merece um acompanhamento personalizado para maximizar as chances de sucesso.
Perguntas Frequentes sobre Fertilização In Vitro
O Dr. Geraldo Caldeira responde às principais dúvidas das pacientes sobre a FIV, confira:
Na Fertilização In Vitro (FIV), a fertilização ocorre em laboratório, onde o óvulo é fecundado pelo espermatozoide, e o embrião é transferido para o útero da mulher. Já na inseminação artificial, os espermatozoides são inseridos diretamente no útero para que a fertilização aconteça naturalmente.
A FIV pode não ser indicada para mulheres que tenham contraindicações médicas graves à gestação, como doenças cardíacas descompensadas ou problemas uterinos que impeçam a implantação do embrião.
Não é permitido escolher características físicas ou genéticas, como cor dos olhos ou cabelo, de acordo com o CFM (Conselho Federal de Medicina).
Porém, com o Estudo Genético Pré-Implantacional (PGTA), é possível identificar embriões saudáveis e prevenir doenças genéticas hereditárias.
Sim, o parto normal é possível para mulheres que engravidaram por FIV, desde que não haja contraindicações médicas.
A Fertilização In Vitro é uma solução segura e eficaz, com altas taxas de sucesso, para casais que enfrentam dificuldades para engravidar. Com os avanços constantes da medicina, esse método tem transformado o sonho de ter uma família em realidade para milhares de pessoas.
Na Clínica de Reprodução Humana – IPRH, fundada pelo Dr. Geraldo Caldeira, ginecologista e obstetra com mais de 30 anos de experiência, a FIV é realizada com um acompanhamento próximo, acolhedor e totalmente personalizado para atender às necessidades de cada paciente.
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REFERÊNCIAS
Dr. Geraldo Caldeira – Ginecologista e Obstetra I Especialista em Reprodução Humana – CRM 46809-SP
Soumpasis, I., Grace, B., & Johnson, S. (2020). Real-life insights on menstrual cycles and ovulation using big data. Disponível em: https://doi.org/10.1093/hropen/hoaa011. Acesso em 23 jan 2025