Trombofilia na gravidez: entenda quais são os riscos para a mãe e o bebê

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A trombofilia pode causar diversas complicações na gravidez e, por isso, nos últimos anos ela passou a ter uma atenção maior por parte dos médicos e das pacientes, pois pode ser o motivo de alguns problemas enfrentados pelas mulheres na gestação. Essas complicações vão desde o descolamento prematuro da placenta, aborto espontâneo, até a restrição no crescimento fetal intrauterino.

Por isso é válido dizer que a trombofilia é uma condição hereditária ou adquirida, diminuindo a circulação dos vasos sanguíneos de forma prejudicial para a saúde da paciente e do bebê, pode ser que a mulher nunca tenha tido problemas durante a sua vida, mas agora na fase em que está tentando ter um filho, ou gestando pode desenvolver as complicações

 Durante a gravidez existe um aumento fisiológico dos fatores de coagulação   preparando a gravida para o parto, a trombofilia produz um aumento extra desses fatores aumentado o risco de trombose e embolia pulmonar

Por isso é importante você saber que há dois tipos de trombofilia:

Trombofilia Adquirida

Surge ao longo dos anos por meio de maus hábitos de vida, uso prolongado de anticoncepcionais, obesidade, uso de estrogênios, reposição hormonal, viagens longas áreas (pela pressão), doenças autoimunes, paralisação e gravidez.

Dentro das classes de Trombofilia Adquirida, destacamos:

  • Síndrome do Anticorpo Antifosfolípide (SAAF, mais conhecida como SAF)
  • Anticoagulante Lúpico
  • Ac Anticardiolipina IgG e IgM
  • Anti B2 Glicoproteína IgG e IgM
  • Hiperhomocisteinemia

A SAF pode favorecer a formação de trombos em veias, artérias ou pequenos vasos, de qualquer parte do corpo, resultando em episódios como trombose venosa profunda (TVP), embolia pulmonar e acidente vascular cerebral (AVC).

O quadro mais comum é a Síndrome do Anticorpo anti fosfolípide, em que o corpo passa a criar anticorpos que afetam a coagulação sanguínea, levando à trombose e ao aborto espontâneo.

Trombofilia Hereditária

Sua origem é genética (mãe, pai ou ambos) e a pessoa nasce com predisposição ao desenvolvimento de coagulação sanguínea, manifestando-se na presença de outros fatores de risco.

Assim como nas classes de Trombofilia Adquirida, a Trombofilia Hereditária possui diferentes tipos:

  • Deficiência de Proteína S
  • Deficiência de Proteína C
  • Antitrombina III
  • Mutação fator V de Leiden
  • Mutação MTHFR
  • Polimorfismo PAI 1
  • Mutação da Protrombina II

No caso das gestantes, a trombofilia pode colocar em risco a vida da mãe e a do bebê.  Com o distúrbio da cascata de coagulação, o sangue fica mais espesso que o normal, podendo ocorrer uma diminuição da circulação placentária o que pode levar a aborto, óbito fetal, parto prematuro, restrição de crescimento fetal e até descolamento da placenta

 Vale ressaltar que a trombofilia está diretamente associada à redução do crescimento do feto e, infelizmente, quando a placenta está com 90% dos vasos obstruídos, o bebê vai a óbito

Por isso, deve ser   investigada e tratada rigorosamente com acompanhamento especializado desde o pré-natal, para que a gravidez prossiga normalmente, mantendo a saúde da mãe e do bebê em equilíbrio até o parto.

Afinal, a mulher que tem trombofilia pode realizar o sonho da maternidade, só precisa ter um acompanhamento especializado e alguns cuidados adicionais.

Se você tem trombofilia ou conhece alguém que precisa de alguma ajuda ou tem alguma dúvida sobre esse tema, a nossa equipe possui uma ampla experiência nesse assunto e está à disposição para conversar.

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