Coito Programado

Revisão médica: Dr. Geraldo Caldeira    Ginecologista e Obstetra

O coito programado é um método simples que acompanha o ciclo menstrual feminino e identifica o período mais fértil, recomendando o melhor momento para o casal ter relações sexuais a fim de aumentar as chances de concepção.

Saiba mais sobre o coito programado e em quais situações ele é indicado no texto completo abaixo.

O que é coito programado?

O Coito Programado é um método de reprodução assistida que consiste no acompanhamento do ciclo menstrual da mulher para identificar o período ovulatório, em que há maior chance de gravidez. 

Para potencializar as chances, também é realizada uma estimulação ovariana, que aumenta a produção e maturação dos óvulos, com monitoramento por ultrassonografia.

O objetivo desse acompanhamento é determinar o momento exato da ovulação, orientando o casal sobre o período mais favorável para a fecundação. 

Dessa forma, a relação sexual é programada para os dias em que a fertilidade está no auge, otimizando as chances de fecundação de forma natural.

O método pode ser uma alternativa inicial antes de recorrer a tratamentos de reprodução mais avançados, como Fertilização in Vitro e Inseminação Artificial.

Quando o coito programado é indicado?

O coito programado é indicado em diversos casos, como: 

  • Mulheres com menos de 35 anos;
  • Problemas na ovulação;
  • Infertilidade sem causa aparente;
  • Mulheres com Síndrome do Ovário Policístico (SOP);
  • Casais com baixa frequência sexual.

Quais os requisitos para o procedimento?

Antes de iniciar o procedimento, alguns exames são realizados para avaliar a saúde reprodutiva tanto da mulher quanto do homem. 

Entre os principais exames para a mulher, estão a ultrassonografia transvaginal, que ajuda a monitorar os folículos ovarianos e verificar a ovulação, e a histerossalpingografia, que avalia a permeabilidade das trompas de falópio e garante que não haja alterações que dificultem a fertilização.

No caso do homem, o espermograma é fundamental para avaliar a quantidade, qualidade e motilidade dos espermatozoides, essenciais para a fecundação do óvulo. Com base nos resultados desses exames, o médico especialista decide se o coito programado é uma opção viável para o casal e orienta sobre os próximos passos.

Como funciona o namoro programado?

O coito programado segue algumas etapas planejadas para obter os melhores resultados. Confira a seguir:

Estimulação ovariana

Primeiro é realizada uma indução da ovulação através de medicamentos (orais ou injetáveis), que são ajustados conforme cada paciente. 

O crescimento folicular é acompanhado por meio de ultrassonografias seriadas, feitas por em média 3 dias, para determinar o momento ovulatório.

Indução da Ovulação

Quando os folículos atingem um tamanho adequado, entre 18 a 20 milímetros, é administrada uma última medicação (hCG) para deflagrar a ovulação.

Relação sexual programada

Após a deflagração da ovulação, o médico irá orientar o casal a intensificar as relações sexuais durante este período e a fecundação deverá ocorrer naturalmente. 

Quanto tempo dura o procedimento de coito programado?

O procedimento de coito programado geralmente dura cerca de 1 mês. Esse período é dividido em duas fases: os 15 dias que antecedem a ovulação e os 15 dias seguintes para o teste de gravidez.

Durante os primeiros 15 dias, é feita a etapa de estimulação da ovulação e a realização dos exames, como as ultrassonografias. Após o período das relações, nos 15 dias seguintes, é feito um acompanhamento para verificar se ocorreu a concepção, com a realização de um teste de gravidez para confirmar o sucesso do procedimento.

Quais são as chances de sucesso do coito programado?

As taxas de sucesso do tratamento são de 10% a 20%, entretanto a porcentagem tende a diminuir ao longo que a idade da mulher avança.  

Isso ocorre porque o tratamento utiliza os óvulos naturais da mulher, que diminuem sua quantidade e qualidade com o tempo. 

Podem ser indicadas até 3 tentativas de gestação por meio da técnica de coito programado, caso o casal não consiga engravidar neste período, é recomendado passar para tratamentos de reprodução assistida mais complexos e com maior taxa de sucesso, como inseminação intrauterina ou fertilização in vitro.

Além do tratamento hormonal que pode ser indicado para o procedimento, é importante adotar hábitos mais saudáveis, como uma alimentação pobre em gorduras e rica em vitaminas, especialmente do complexo B e ácido fólico, evitar o uso de bebidas alcoólicas e de cigarros, além de manter a prática de exercícios físicos regularmente.

O coito programado tem algum risco?

O coito programado é considerado um tratamento de baixa complexidade e, em geral, apresenta poucos riscos para a saúde tanto do homem quanto da mulher. 

No entanto, como qualquer procedimento de reprodução assistida, existem alguns fatores associados que devem ser considerados, como: 

  • Gestação gemelar;
  • Complicações para mulheres com doenças agravadas por gestação (alterações cardíacas e renais graves);
  • Riscos envolvidos em qualquer gestação natural, como anemia e pré-eclâmpsia.

Conclusão

O coito programado é uma excelente opção para casais que enfrentam dificuldades leves para engravidar e desejam um tratamento menos invasivo. 

Com o acompanhamento médico adequado, esse método permite identificar o período mais fértil da mulher, otimizando as chances de uma concepção natural.

Na Clínica de Reprodução Humana – IPRH, fundada pelo Dr. Geraldo Caldeira, ginecologista e obstetra com mais de 30 anos de experiência, realizamos o tratamento de coito programado, oferecendo tratamento humanizado e personalizado para cada casal. 

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REFERÊNCIAS

Dr. Geraldo Caldeira – Ginecologista e Obstetra I Especialista em Reprodução Humana – CRM 46809-SP