ICSI
Revisão médica: Dr. Geraldo Caldeira Ginecologista e Obstetra
A reprodução assistida tem evoluído significativamente, trazendo novas possibilidades para casais que enfrentam desafios relacionados à infertilidade. Com os avanços da medicina reprodutiva, tratamentos cada vez mais eficazes permitem tornar o sonho da gestação uma realidade.
Entre as técnicas mais inovadoras está a ICSI (Injeção Intracitoplasmática de Espermatozoides), um procedimento que potencializa os resultados da Fertilização In Vitro (FIV), especialmente em casos de infertilidade masculina.
Saiba mais sobre a ICSI, como funciona e em quais situações ela é indicada no texto completo abaixo.
O que é ICSI?
A ICSI (Injeção Intracitoplasmática de Espermatozoides) é uma técnica avançada de reprodução assistida, sendo uma aprimoração da fertilização in vitro clássica.
Durante o procedimento, um único espermatozoide é selecionado e injetado diretamente no óvulo, aumentando as chances de fertilização.
Essa técnica é realizada em laboratório e auxilia a fertilização in vitro a obter taxas mais altas de sucesso, já que permite a utilização do melhor óvulo e espermatozóide, sendo extremamente eficaz.
Em que casos a ICSI é indicada?
A ICSI é recomendada em diversas situações. Entre os principais casos de indicação estão:
- Homens com baixa quantidade de espermatozoides, problemas de mobilidade ou alterações na morfologia dos espermatozoides.
- Casos de doenças infecciosas ou infertilidade de causa imunológica.
- Homens que realizaram vasectomia e desejam ter filhos.
- Dificuldade de ejaculação, como em casos de ejaculação retrógrada (associada a problemas neurológicos, diabetes, entre outros).
- Amostras de sêmen congeladas (criopreservadas).
- Falhas repetidas em ciclos de FIV ou inseminação intrauterina (IIU).
- Baixo número de óvulos obtidos após a punção ovariana.
- Todos os casos em que é realizada a biópsia embrionária (PGTA).
Como funciona a Injeção Intracitoplasmática de Espermatozoide (ICSI)?
O processo é realizado em laboratório, com precisão e cuidado, e envolve as mesmas etapas iniciais da fertilização in vitro. Veja como funciona:
1 - Coleta de óvulos e espermatozoides:
A mulher passa por uma estimulação ovariana com medicamentos hormonais para produzir múltiplos óvulos, sendo este o primeiro passo da fertilização in vitro.
Após o amadurecimento, os óvulos são coletados por meio de uma punção ovariana. No mesmo dia, também é feita a coleta dos espermatozoides.
2 - Seleção de espermatozoides saudáveis
No laboratório, os espermatozoides são analisados e selecionados com base em sua morfologia e motilidade.
3 - Injeção do espermatozoide diretamente no óvulo
O espermatozoide selecionado é injetado diretamente dentro de cada óvulo, através de uma agulha de alta precisão por meio de um micromanipulador.
4 - Desenvolvimento do embrião em laboratório
Após a injeção, os óvulos fertilizados são monitorados em um ambiente controlado para garantir o desenvolvimento adequado dos embriões até o estágio de blastocisto.
5 - Transferência do embrião para o útero
O blastocisto (embrião do quinto dia) de melhor qualidade é transferido para o útero da mulher por meio de um cateter fino.
Taxas de Sucesso da ICSI
Ao injetar um espermatozoide previamente selecionado diretamente no óvulo, a ICSI aumenta significativamente as chances de gravidez, pois a técnica possibilita a fecundação mesmo quando a FIV convencional não seria suficiente.
Entretanto, a taxa de sucesso do procedimento também depende de fatores como idade da mulher, qualidade, quantidade dos óvulos e espermatozoides, além das condições do endométrio para implantação embrionária.
Mulheres até 35 anos de idade apresentam maiores taxas de gravidez, chegando a 60%, enquanto nas pacientes com mais de 40 anos, as chances diminuem para 20% a 30%, devido à menor qualidade dos óvulos.
Perguntas Frequentes sobre Fertilização In Vitro
O Dr. Geraldo Caldeira responde às principais dúvidas a respeito da ICSI, confira:
A Fertilização In Vitro (FIV) convencional permite que os espermatozoides fecundem os óvulos espontaneamente em laboratório, simulando o processo natural.
Já na ICSI (Injeção Intracitoplasmática de Espermatozoides), um único espermatozoide é selecionado e injetado diretamente no óvulo, aumentando as chances de fertilização.
O custo da ICSI pode variar conforme o especialista, localização e exames complementares necessários para o tratamento. Para um orçamento preciso, é fundamental realizar uma avaliação.
Conclusão
A ICSI é uma técnica complementar da Fertilização in Vitro, que auxilia a aumentar as taxas de sucesso, especialmente em casos de fatores masculinos severos.
Para realizar o tratamento, é essencial contar com a avaliação de um especialista em reprodução humana, que analisará cada caso de forma individualizada. O acompanhamento adequado garante um tratamento seguro e personalizado, aumentando as chances de sucesso na jornada para a gestação.
A Clínica de Reprodução Humana – IPRH, fundada pelo Dr. Geraldo Caldeira, ginecologista e obstetra com mais de 30 anos de experiência, oferece a ICSI, juntamente com a Fertilização in Vitro, com um atendimento humanizado e individualizado.
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REFERÊNCIAS
Dr. Geraldo Caldeira – Ginecologista e Obstetra I Especialista em Reprodução Humana – CRM 46809-SP